Crítica: Alien: Covenant


Alien: Covenant - Review
Longa tenta seguir Prometeus e Alien: O Oitavo Passageiro, mas se perde.




Em 2012, o lançamento de "Prometeus" trouxe Ridley Scott a franquia Alien de novo... no entanto acabou que o filme só prometeu e não cumpriu. Agora temos Alien: Covenant, ele não chega a ser tão controverso como Prometeus, mas o filme chega como uma sequencia de Prometeus e como prequel de Alien: O Oitavo Passageiro, no entanto Scott acaba misturando elementos dos dois longas que faz o filme uma experiência não muito boa.

Covenant é uma nave de missão colonizadora que busca um planeta que seja habitável para a espécie humana. A tripulação está em sono profundo durante a viagem, menos Walter (Michael Fassbender), que é o androide que toma conta da nave enquanto eles dormem. No entanto quando uma tempestade de neutrinos atinge a nave, seus tripulantes acordam e descobrem um novo planeta, bem mais próximo do seu destino, e decidem explorar o lugar.




Como foi dito antes, Scott tenta mesclar elementos que já foram usados, como a exploração e a ação no planeta que foi feita em Prometeus, o clima claustrofóbico na nave Covenent usado no 8º Passageiro. Mas é aí que ele se perde, por não escolher um rumo exato o filme acaba seguindo caminhos aleatórios, se transformando as vezes em um drama “de família”, um terror espacial (era isso que eu queria ver mais) e um clima existencial – que busca descobrir quem nós criou - , e juntando tudo isso, uma pequena pitada de nudez e um aroma de referencias, o prato não fica bom.

O longa é claro tem seus ápices, como quando ele volta as suas origens marota e assume o terror especial pipoca que gostamos em Alien: O Oitavo Passageiro, como, a tensão do Alien perseguindo, a chuva de sangue, o Xenomorfo grande na tela, o seu som assustador e o clássico sangue ácido. Temos momentos que se bem explorados e estruturados valeriam a pena, por exemplo o androide meio melancólico que busca destruir a humanidade, por não achar ela digna, as referências em músicas clássicas como Richard Wagner Entry of the Gods Into Valhalla (Entrada dos Deuses em Vahalla), citações dps poetas Lord Byron e Percy Bysshe Shelley, esses elementos bem executados dariam um ar de maior grandeza para o filme. No entanto eles servem como uma nota, para nós lembrar e refletir sobre o que estamos vendo.




O elenco, não temos um grupo de atores conhecidos pelo grande público – exceto por Michael Fassbender e participações de Jamoes Franco e Guy Pearce – acho que por esse motivo não temos uma certa conexão com o grupo, que nos faça torcer e se preocupar sobre o que vai acontecer com eles. Porém, entretanto, todavia, Fassbender traz consigo tudo isso, ele que interpreta Walter, também retorna como David, o androide que estava com a tripulação em Prometeus. Fassbender nos mostra os diferentes lados entre eles, como David sendo mais humano e ambicioso e Walter sendo mais preocupado e sereno. As características dos dois é gritante e Fassbender nos apresenta isso com maestria.

Porém o filme não peca na sua parte técnica,o design de som é espetacular, até mesmo em partes em que o silêncio é usado, é muito bem encaixado, e em outros momentos, como quando estamos ouvindo som ambiente, esse com certeza é um dos pontos de maiores destaque na parte técnica, pois é muito bem aplicado entre as cenas.




                                                [[[NOTA COM SPOILER]]]

Agora um dos maiores erros, (que eu considero) é o uso do David, o androide da Prometeus como vilão principal, fazendo o Alien ser apenas um "capanga" dele. O nome do filme é Alien, o Alien mata pessoas, funcionou nos filmes da franquia Alien e eles trazem um androide como vilão !? Aí não Scott, deixa isso p/ Denis Villeneuve em Blade Runner 2049 (Apesar dos replicantes não serem androides, mas isso a gente fala depois).

                                          [[[FIM DA NOTA COM SPOILER]]]

Alien: Covenent poderia ser um filme espetacular ou até mesmo um filme de destaque maior, porém algumas escolhas do longa acabaram seguindo caminho diferente, talvez seja esse o caminho que Ridley Scott queira, pois mais filmes da franquia virão. Só podemos torcer para que algum seja altura do Ridley Scott Raiz, o Ridley Socott do primeiro filme do Alien. 

Nota: 3,8 Gnomos.

Alien: Covenant estreia nesta quinta-feira, 11 de maio nos cinemas de todo Brasil, mas você pode assisti-lo em 3D no Centerplex cinemas do Shopping Via Sul.

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